O sócio-presidente da Seteco, Chapina Alcazar, participou recentemente do debate sobre Tratamento Tributário Igualitário, em uma Live no Instagram da Universidade Corporativa do GCSM.
No debate, Chapina comentou que após a crise atual no sistema de saúde, causada pela pandemia da Covid-19, teremos mais conhecimento e preparo para conviver com momentos como este, ainda que com sérias dificuldades financeiras.
Segundo ele, os governos estão fazendo muito pouco, principalmente, os estaduais e municipais. Isso porque o empresário brasileiro já enfrenta grandes dificuldades na convivência com nosso sistema tributário.
Para Chapina, o empresário no Brasil acaba sendo um financiador do estado, e não o contrário, uma vez que paga seus impostos, muitas vezes, antes de ter recebido por suas vendas ou serviços.
“É preciso que o governo, além de criar um fundo de ajuda aos empresários, lhes dê mais flexibilidade nas questões tributárias. O tratamento ao empresário sempre foi de maneira não igualitária”, diz Chapina.
Adiamento de impostos poderia ser a solução
Outra medida que o presidente comentou em sua análise na Live foi referente ao adiamento dos impostos. Segundo Chapina, o governo toma medidas de ajuda aos muito pobres, mas não dá o devido amparo ao pequeno e micro empresário. Destaca os tributos estaduais e municipais do ISS, ICMS e o IPTU, que estão com seus valores e vencimentos mantidos, e os do governo federal, que acaba de adiar o imposto de renda e o Simples. Nacional.
“De outro lado, as entidades de defesa dos interesses desses empresários estão, em sua
maioria, sob domínio da classe política. Seus dirigentes, quando envolvidos na política, devem seguir a liderança dos partidos nas suas decisões para que possam influenciar interesses eleitoreiros, criando um comportamento injusto que não defende os interesses dos associados dessas entidades, que acabam perdendo a credibilidade e não conseguem representar nem elas próprias”, comenta Chapina.
Por essa razão, diz ele, “o Instituto Renova nasceu com uma característica impositiva apartidária e apolítica, para seus dirigentes e associados, e vem com o propósito de criar uma verdadeira frente de trabalho em prol do pequeno e micro empresário, incluindo o terceiro setor, pois entendemos que já passou da hora das entidades lutarem por mudanças no sistema”, complementa o presidente.
Ainda durante a Live, Chapina comentou sobre o setor do comércio, que já começa a se ajustar a um novo formato, passando do presencial para o digital. E de outras áreas, que têm repesando seus modelos de trabalho.
“Hoje, nossos 150 colaboradores estão trabalhando desde suas casas, nossos espaços de escritório estão vazios, neste caso, a mudança quase que total é possível, mas não creio que no comércio possa acontecer o mesmo, até por uma característica do brasileiro”, diz.
Aos pequenos e médios empresários, especialmente aos mais jovens e com uma cultura mais moderna, Chapina recomenda que aprendam a lidar melhor com a burocracia que o sistema envolve e que invistam em tecnologia.
Com informações publicadas na Revista GCSM.
Leia também: A ineficácia das esferas públicas terá um preço: uma temporada de encerramento de empresas.