Quantos empreendedores você conhece a sua volta? Gente que começou do zero ou recomeçou a vida depois de uma longa carreira executiva? Seja em maior ou menor escala, o fato é que todos nós lembramos de alguém.
No ano em que estamos empenhados em ajudar novos empreendedores a deslancharem seus negócios neste novo cenário econômico que se apresenta, damos holofotes a quem tem histórias que inspiram muita gente.
Na estreia da coluna Histórias que Inspiram, Lina Nakata, co-presidente da PWN São Paulo desde janeiro de 2017, associação em favor da liderança balanceada, detalha o início da jornada da entidade no Brasil, que é vinculada à PWN Global.
“Estimular as mulheres para seu crescimento como executivas ou empreendedoras, e atrair mais empresas para o nosso programa de liderança balanceada são metas a curto prazo”, destaca Lina, que conta com o suporte gratuito da Seteco na contabilidade mensal.
Essa bela trajetória da PWN São Paulo pela liderança balanceada nas empresas está contada abaixo pela Lina.
Fale um pouco sobre a PWN São Paulo.
A PWN São Paulo é uma associação sem fins lucrativos que conta com 12 voluntárias que atuam no board da organização. Atua em São Paulo com associadas de vários estados brasileiros e faz parte de uma rede global com 30 cidades, cujo início foi em Paris, França, há quase 20 anos.
O que motivou você a ingressar nesse ramo?
Questões de gênero costumavam me chamar a atenção, desde que era bem jovem. Por que homens eram a maioria em alguns espaços, e mulheres em outros? Por que homens buscavam algumas profissões, e mulheres outras? Por que via muito mais meninos praticando esportes do que meninas? Por que havia certos privilégios diferentes para um gênero, e não para outro?
À medida que fui observando esses fenômenos, passei a me interessar mais, até que em 2007, no meu primeiro ano de mestrado, me aprofundei num trabalho de disciplina em que estudei as relações de gênero no trabalho e descobri muitas informações que, a princípio, foram surpreendentes para mim.
Em 2008, fiz a primeira publicação de um artigo tratando do assunto, e não parei mais. Em 2017, vi a oportunidade de fazer parte de algo maior – a PWN – onde poderia explorar mais o tema, levando a mais pessoas.
Conte um pouco desta jornada.
Na PWN São Paulo, comecei em janeiro de 2017, a convite de duas diretoras da época, Tania Casado e Maria Tereza Gomes, participando de um evento promovido pela associação.
Em dezembro de 2016, voltei a São Paulo (depois de uma temporada de 4 anos fora do estado) e o convite foi realmente bem atrativo para mim.
Desde então, já me envolvi como voluntária, apoiando a área de eventos, e permaneci ativa, até abril de 2019, quando assumi a presidência da associação, junto com Thays Aldrighe.
O que eu queria solucionar: levar a liderança balanceada para as organizações e acelerar a equidade de gênero no mundo (se não, vamos levar mais de 200 anos para alcançar este objetivo).
Por meio das empresas, podemos ter um movimento incrível para uma sociedade mais equilibrada. O que encontrei: pessoas já engajadas no tema, e consegui encontrar outras para continuar nessa causa tão importante.
Faça um resumo do que era o negócio na abertura e o que é hoje. Quais mudanças mais significativas?
A PWN começou a sua atuação em São Paulo em maio de 2014, quando um grupo de mulheres – executivas francesas e brasileiras – decidiu começar essa primeira rede das Américas, a partir do que já tinham conhecido na França.
Foi feito um belo trabalho de planejamento e de ações para ter uma ação sólida e consistente para a liderança balanceada nas empresas, e conquistaram uma boa rede de associadas.
Hoje, temos quase 8 anos de associação, 1.700 membros cadastrados na base, centenas de pessoas engajadas nas redes sociais (LinkedIn, Instagram e Facebook) e várias ações em andamento, como o programa de mentoring, os eventos mensais, o programa de liderança balanceada, e a educação em empreendedorismo.
Quanto às mudanças mais significativas, temos alcançado mais pessoas para se conscientizar da importância da liderança balanceada, e também trabalhado o engajamento masculino – sem os homens (que estão predominantemente nas posições mais estratégicas dos espaços empresarial e político) não conseguiremos muitos avanços.
Quais os planos daqui para frente?
Nossas metas são:
- ter mais pessoas envolvidas com os conteúdos publicados pela PWN São Paulo;
- ter mais mulheres mentoradas pelos programas de mentoring;
- manter os eventos mensais, com rodas de conversa e interações;
- estimular as mulheres para seu crescimento como executivas ou empreendedoras;
- atrair mais empresas para o programa de liderança balanceada.
O que te inspira?
Acredito que todas as mulheres pioneiras em suas áreas – ciência, literatura, esporte, política etc. – me inspiram, por terem quebrado paradigmas e padrões “tradicionais”.
Ser a “pessoa diferente” nunca é fácil, e infelizmente muitas mulheres ainda vivenciam isso.
Por exemplo, no filme King Richard, é possível ver como Venus e Serena Williams conseguem quebrar barreiras por serem mulheres negras num espaço em que elas não são parecidas com ninguém; elas não precisaram apenas jogar tênis muito bem, mas tiveram que lidar com preconceito, discriminação e falta de recursos.
Astrônomas, agrônomas, diretoras de empresas, programadoras de tecnologia, jogadoras de futebol, entre outras de redutos masculinos: todas elas me inspiram por conquistarem espaços difíceis que não são óbvios para mulheres, precisaram sempre provar ser mais competentes que seus pares para terem alguma credibilidade.
Qual a relação da PWN São Paulo com a Seteco?
A Seteco faz nosso serviço de contabilidade com excelência!
Além disso, a Marcia Alcazar, de quem sou muito fã, é uma das conselheiras fiscais da PWN São Paulo, desde a fundação, em 2014. Recomendo fortemente a Seteco!
Atuar como voluntária da PWN São Paulo tem sido um prazer enorme, além de um aprendizado bem rico. Pude conhecer muitas pessoas interessantes e engajadas, e me envolver mais com a temática.
Falar de gênero é algo que adoro e estou sempre à disposição para discutir.
E até mesmo por causa disso, recentemente lancei um curso de especialização em equidade de gênero na plataforma Coursera. São 130 horas de aulas e atividades para aprofundar um pouco mais. Espero que gostem!
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